terça-feira, 16 de agosto de 2011

Oficinas de produção I

    Treinando para a avaliação de Redação
O sexto ano deverá produzir um Relato Pessoal:
Características do gênero: 
narrativa em primeira pessoa, o fato acontece  em um determinado lugar, num determinado momento, os
verbos no passado,emprego de descrição, personagens e  diálogos;
Há alguns relatos que depois se transformam em documentos históricos e podem ser publicados em jornais, revistas, livros, sites etc...
Gosto muito do livro: O Empinador de estrelas, de Lourenço Diaféria.  É o relato feito a partir de trechos que o menino escreveu sobre o seu cotidiano: tarefa escolar solicitada pela Dona Furquim, uma professora muito firme e esperta.  Com esses registros e a memória, o narrador nos conduz a  uma singela viagem!

 




Sugestões: 
Relate sobre suas leituras:  como você aprendeu a ler, se seus pais ou outra pessoa lhe contavam histórias, de que tipo, se você gosta de ler, que tipo de livros, por que, quais livros já leu, etc... 
Todos nós passamos por momentos difíceis, em que devemos superar dificuldades, medos...
Relate a respeito de um momento difícil que você tenha passado, como superou ou de que maneira ainda persiste para enfrentar tal situação. 
Outra sugestão é  contar fatos engraçados da infância e talvez "floreá-los" um pouquinho: 
leia o seguinte texto de Manoel de Barros do livro: Memórias Inventadas

A Infância - Obrar

Naquele outono, de tarde, ao pé da roseira de minha
avó, eu obrei.
Minha avó não ralhou nem.
Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte.
Esse verbo tinha um dom diferente.
Obrar seria o mesmo que cacarar.
Sei que o verbo cacarar se aplica mais a passarinhos
Os passarinhos cacaram nas folhas nos postes nas pedras do rio
nas casas.
Eu só obrei no pé da roseira da minha avó.
Mas ela não ralhou nem.
Ela disse que as roseiras estavam carecendo de esterco orgânico.
E que as obras trazem força e beleza às flores.
Por isso, para ajudar, andei a fazer obra nos canteiros da horta.
Eu só queria dar força às beterrabas e aos tomates.
A vó então quis aproveitar o feito para ensinar que o cago não é uma
coisa desprezível.
Eu tinha vontade de rir porque a vó contrariava os
ensinos do pai
Minha avó, ela era transgressora.
No propósito ela me disse que até as mariposas gostavam
de roçar nas obras verdes.
Entendi que obras verdes seriam aquelas feitas no dia.
Daí que também a vó me ensinou a não desprezar as coisas
desprezíveis
E nem os seres desprezados.
Manoel de Barros 

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